Quando o assunto é lesão cerebral, uma dúvida comum é: qual a diferença entre lesão cerebral traumática vs. não traumática?
Apesar de os sintomas serem semelhantes em muitos casos, a origem do problema muda bastante de um caso para o outro e essa diferença muda tudo no diagnóstico e no tratamento.
Portanto, conhecer essas particularidades pode ajudar tanto no diagnóstico quanto na escolha do tratamento mais adequado, além de orientar melhor quem cuida ou convive com alguém que passou por esse tipo de situação.
Lesão cerebral traumática vs. não traumática: qual a diferença?
Quando falamos em lesão cerebral traumática vs. não traumática, a primeira coisa que precisamos entender é que o trauma não é o único vilão quando se trata de danos ao cérebro.
A lesão traumática acontece quando o cérebro sofre um impacto como um tombo, uma batida, um acidente de carro, uma pancada jogando bola… em resumo, algo externo atinge a cabeça e afeta o cérebro. Pode ser leve ou grave, mas sempre vem de fora para dentro.
Já a lesão não traumática é diferente. Nesse caso, não houve uma batida nem um acidente. O que acontece é algo interno, como um AVC, um tumor, uma infecção ou até uma crise de falta de oxigênio no cérebro. Aqui, o problema nasce dentro do organismo, sem precisar de nenhum impacto físico.
Ambas afetam o cérebro e podem causar sintomas bem parecidos, como perda de memória, confusão mental ou dificuldade de movimentação.
Mas, como a origem é diferente, o tratamento e a recuperação também seguem caminhos distintos.
Como identificar uma lesão traumática?
Essas são mais fáceis de associar a um evento. Alguém bateu a cabeça, teve uma queda, ou sofreu um acidente? Os sinais podem vir logo em seguida ou até algumas horas depois.
O que a gente costuma observar nesses casos:
- Dor de cabeça forte;
- Tontura, enjoo, às vezes até vômito;
- Falas confusas, esquecimentos;
- Dificuldade de manter o equilíbrio;
- Sonolência exagerada,
- Mudança repentina no comportamento.
Mesmo que a pessoa diga que está bem, se bateu a cabeça e apresenta algum desses sintomas, vale a pena procurar atendimento. Afinal, muitos quadros começam leves e evoluem se não tratados a tempo.
E a lesão não traumática? Como perceber?
Essa costuma ser mais silenciosa, o que é perigoso. Um AVC, por exemplo, pode começar com um simples formigamento em um braço ou com uma fala mais arrastada.
Às vezes é uma dor de cabeça que foge do comum, uma confusão repentina ou até um comportamento estranho diferente da pessoa que você conhece.
Outros sinais que acendem o alerta incluem, por exemplo:
- Perda de força em um lado do corpo;
- Dificuldade para entender ou se expressar;
- Queda de consciência;
- Visão dupla ou embaçada,
- Esquecimentos que não fazem sentido.
Se você notar algo assim, mesmo que pareça passageiro, é melhor não esperar.
O tratamento muda?
Muda bastante! Mas uma coisa é comum aos dois tipos de lesão: quanto mais cedo começarmos o tratamento, maiores as chances de recuperação.
No caso das traumáticas, dependendo da gravidade, podemos resolver com observação, repouso e acompanhamento. Mas também há situações que exigem cirurgia, controle de sangramentos ou internação.
Já nas não traumáticas, tudo depende da causa. Um AVC pode exigir medicação para dissolver coágulo ou uma cirurgia de emergência. Um tumor cerebral vai ter outro tipo de abordagem. É por isso que o diagnóstico preciso é tão importante.
E mais importante ainda é o acompanhamento depois. Reabilitação, fisioterapia, apoio psicológico, terapia da fala… enfim, cada paciente vai precisar de um plano específico, pensado caso a caso.
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