Quando falamos em tonturas e vertigens, muita gente logo pensa em labirintite. Essa associação é comum, mas é um equívoco acreditar que esses sintomas sempre estão ligados a um problema no ouvido interno.
Na verdade, existem várias outras causas possíveis, algumas inclusive bem mais graves, que precisam ser investigadas com atenção.
Por isso, diante desses sinais, o ideal é não se automedicar nem esperar passar sozinho: procurar um neurologista é fundamental.
Neste post, vamos explicar melhor as diferenças entre tontura e vertigem, os principais diagnósticos que podem estar por trás desse incômodo, quando é hora de buscar ajuda médica e por que é tão importante contar com avaliação especializada para descartar condições sérias como tumor ou aneurisma.

Tonturas e vertigens: entenda a diferença
Embora muita gente use as palavras como sinônimos, existe uma diferença importante entre tonturas e vertigens.
- Tontura é uma sensação de instabilidade, como se a pessoa estivesse prestes a cair, ficar sem equilíbrio ou “pisando em falso”.
- Vertigem, por outro lado, é a sensação de que tudo ao redor está girando, mesmo estando parado.
Esses dois sintomas podem aparecer juntos ou separados, mas ambos os casos merecem atenção.
Às vezes surgem de forma passageira, mas quando são frequentes, intensos ou acompanhados de outros sinais (como dor de cabeça, perda de visão, fraqueza ou dificuldade para falar), podem indicar algo mais sério.
Labirintite não é a única explicação
A labirintite é uma inflamação no labirinto (estrutura do ouvido interno responsável pelo equilíbrio) e pode provocar vertigem intensa, náuseas e dificuldade de manter-se em pé. Mas é preciso reforçar: nem toda tontura é labirintite.
Outros problemas do ouvido, como a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), também são causas comuns, mas ainda assim não esgotam as possibilidades.
É justamente aí que mora o perigo: acreditar que todo episódio de tontura é algo simples e se automedicar pode atrasar o diagnóstico de doenças neurológicas que exigem tratamento imediato.
Outras causas possíveis para tontura e vertigem
Diversas condições podem estar relacionadas a esses sintomas. Por exemplo:
- Problemas neurológicos: aneurismas, tumores cerebrais ou até acidentes vasculares (AVCs) podem se manifestar inicialmente com tontura ou vertigem.
- Alterações da pressão arterial: tanto a pressão alta quanto a baixa podem gerar sensação de desequilíbrio.
- Distúrbios metabólicos: hipoglicemia, diabetes descontrolada ou alterações da tireoide.
- Efeitos colaterais de medicamentos: alguns remédios usados para pressão, depressão ou ansiedade podem causar tontura.
- Doenças cardíacas: arritmias e insuficiência cardíaca também podem afetar a irrigação cerebral, provocando mal-estar e instabilidade.
Enfim, trata-se de um sintoma multifatorial, que exige uma avaliação cuidadosa para identificar a real causa.
Quando acender o sinal de alerta
Alguns sinais associados à tontura ou vertigem indicam que você deve procurar atendimento médico o quanto antes. Então, fique atento se os episódios vierem acompanhados de:
- Fraqueza em um lado do corpo;
- Dificuldade para falar ou entender palavras;
- Perda súbita de visão;
- Dor de cabeça intensa e diferente do habitual;
- Desmaios ou perda de consciência,
- Crises repetidas e incapacitantes.
Esses sinais podem estar relacionados a condições neurológicas graves, como aneurismas cerebrais ou tumores, que precisam ser descartados com urgência.
Por que procurar um neurologista
O neurologista é o profissional indicado para investigar as causas neurológicas da tontura.
Ele avalia o histórico clínico, realiza exames físicos detalhados e solicita exames de imagem como ressonância magnética ou tomografia computadorizada se necessário.
Mas o grande diferencial é que esse especialista tem o olhar treinado para identificar se o sintoma realmente está ligado ao ouvido interno ou se pode ser consequência de algo mais complexo e preocupante.
Essa avaliação precoce faz toda a diferença no prognóstico, especialmente em casos de aneurisma ou tumor cerebral, em que a rapidez do diagnóstico é crucial.
O perigo da automedicação
É comum as pessoas recorrerem a remédios conhecidos diante da tontura, como aqueles usados para enjoo.
Mas o problema é que essa prática pode mascarar os sintomas temporariamente e não resolve a causa. Além disso, pode atrasar a busca por atendimento médico, aumentando os riscos.
Outro ponto é que nem todo medicamento é inofensivo. Muitos têm efeitos colaterais que podem até agravar a tontura. Por isso, o ideal é sempre buscar orientação médica antes de usar qualquer medicação.
Qual é o tratamento adequado?
O tratamento depende diretamente da causa identificada. Em alguns casos, pode envolver apenas mudanças de hábitos, como controlar a pressão arterial ou ajustar a alimentação.
Em outros, pode ser necessário o uso de medicamentos específicos, fisioterapia vestibular ou até mesmo cirurgia, como nos casos de aneurisma ou tumor.
Por isso, não existe um tratamento único para tontura ou vertigem. Cada paciente precisa ser avaliado de forma individualizada e só um especialista pode definir o caminho correto.
Prevenção: é possível evitar tonturas e vertigens?
Não é possível prevenir todas as causas, mas alguns cuidados ajudam a reduzir os riscos de sofrer com episódios frequentes de tontura e vertigem. Por exemplo:
- Manter a pressão arterial sob controle;
- Evitar longos períodos em jejum;
- Hidratar-se bem ao longo do dia;
- Não abusar de álcool e cafeína;
- Dormir adequadamente,
- Realizar acompanhamento médico regular, principalmente se já houver histórico familiar de doenças neurológicas.
Essas atitudes simples podem contribuir para manter o equilíbrio e a saúde em dia.
Tonturas e vertigens podem indicar doenças graves
Tonturas e vertigens podem até parecer algo comum, mas é importante encarar esses sintomas como sinais de alerta.
A labirintite é apenas uma das possíveis explicações. Além disso, condições mais sérias como aneurismas e tumores também podem estar por trás do problema.
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