A detecção e o tratamento de tumor cerebral em crianças são processos que podem ser cheios de desafios bem difíceis e únicos dessa condição.
Nessas situações, a rapidez e precisão do diagnóstico, com o uso de abordagens terapêuticas especializadas, são fundamentais para conseguir promover a saúde e o bem-estar das crianças afetadas.
Portanto, se você conhece alguma criança que recebeu o diagnóstico de um tumor cerebral e está em busca de mais informações sobre a condição, continue nos acompanhando nesse conteúdo.
Abaixo, vamos falar um pouco mais sobre as principais características que envolvem o diagnóstico e o tratamento de tumores cerebrais em crianças.
Além disso, vamos destacar a importância da detecção precoce, os sinais mais comuns que precisamos observar e as principais estratégias de tratamento pediátrico para esses casos.
Principais sintomas de tumor cerebral em crianças
Existem diversos sintomas de tumor cerebral em crianças que podem se manifestar e variar dependendo da sua localização, do tamanho e do tipo do tumor que se desenvolveu.
No entanto, existem alguns sinais e sintomas bastante comuns. Eles ajudam tanto os pais quanto os médicos a identificarem que algo não está certo e que é necessária investigação mais profunda.
Enfim, alguns desses sintomas mais frequentes incluem:
Dor de cabeça persistente
Dores de cabeça persistentes e recorrentes são alguns dos sintomas mais comuns de tumor cerebral em crianças. Essas dores de cabeça podem ser mais intensas pela manhã ou durante a noite, podendo piorar com o decorrer do tempo.
Não é comum que crianças tenham dor de cabeça. Então, caso surja uma reclamação, é indispensável buscar ajuda profissional para entender o que pode estar acontecendo.
Vômitos frequentes
Vômitos frequentes e persistentes, principalmente quando não existe sensação de náuseas antes de acontecerem, são um grande sinal de aumento da pressão intracraniana que pode acontecer justamente por conta da presença de um tumor.
Alterações na visão
Problemas de visão, como visão dupla, visão embaçada, perda de visão periférica ou estrabismo, são sintomas comuns de que está acontecendo uma compressão do nervo óptico. Isso também pode ocorrer por conta do tumor.
Dificuldades de equilíbrio e coordenação
Dificuldades de equilíbrio e de coordenação podem ocorrer por conta da compressão de áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor e por manter o equilíbrio do nosso corpo.
Convulsões
Convulsões podem ocorrer em crianças com tumores cerebrais, principalmente quando o tumor está localizado em áreas do cérebro que controlam a atividade elétrica.
É importante ressaltar que todos esses sintomas podem ocorrer por diversas outras condições. Portanto, a presença de um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que a criança tenha um tumor cerebral.
No entanto, se os pais observarem qualquer um desses sinais ou sintomas, é indispensável procurar avaliação médica imediata para receber um diagnóstico preciso do que pode estar acontecendo.
Como é feito o diagnóstico de um tumor cerebral em crianças?
O processo de diagnóstico de tumores cerebrais em crianças envolve várias etapas e procedimentos que podem ajudar a identificar a presença, a localização e as características do tumor.
O diagnóstico começa com uma avaliação clínica detalhada que deve ser realizada por um pediatra ou por um neurologista pediátrico.
Durante essa avaliação, é necessário coletar todos os dados sobre históricos médicos completos e detalhes sobre os sintomas apresentados pela criança.
A ressonância magnética (RM) é o exame de imagem mais sensível e específico para o diagnóstico de tumores cerebrais em crianças.
Afinal, ele permite visualizar o cérebro em detalhes e identificar qualquer anormalidade estrutural que possa indicar a presença de um tumor.
Então, caso se identifique um tumor, o médico pode solicitar uma biópsia para confirmar o diagnóstico da doença. Além disso, ele também poderá determinar o tipo exato de células presentes no tumor.
Durante essa biópsia, retira-se uma amostra de tecido do tumor para enviar para análise patológica. Esse processo é o responsável por mostrar se ele é benigno ou maligno e identificar qualquer característica específica do tumor.
Além disso, exames de líquor (líquido cefalorraquidiano) também ajudam a procurar sinais de disseminação do tumor no sistema nervoso central. Assim como exames de sangue para procurar marcadores tumorais específicos.
Após a confirmação de tumor cerebral, a equipe médica começa a desenvolver um plano de tratamento personalizado para a criança. Dessa forma, é possível oferecer o melhor cuidado possível e otimizar os resultados clínicos ao longo de todo o processo.
Quais abordagens são usadas para tratar tumor cerebral em crianças?
Felizmente, existem abordagens terapêuticas pediátricas que ajudam no tratamento de tumores cerebrais em crianças.
Elas costumam envolver uma combinação de modalidades de tratamento que se adaptam às necessidades individuais de cada paciente e ao tipo específico de tumor.
Mas, de modo geral, algumas das principais opções de tratamentos pediátricos utilizados para tratar crianças com tumores cerebrais podem envolver:
Cirurgia para tumor cerebral em crianças
Muitas vezes, a cirurgia é o primeiro passo no tratamento de tumores cerebrais em crianças. Ela tem o objetivo de remover o máximo possível do tumor, mas sem causar danos às estruturas cerebrais vitais que estão ao redor.
Em alguns casos, quando o tumor se localiza em alguma área do cérebro de difícil acesso ou quando ele está muito próximo a estruturas críticas, a cirurgia pode ser realizada em várias etapas para reduzir o risco de complicações.
Radioterapia
A radioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza feixes de radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas e reduzir o tamanho do tumor.
Em crianças, a radioterapia geralmente é uma opção para tumores cerebrais de alto grau ou casos em que a cirurgia não é possível.
Existem diferentes técnicas de radioterapia disponíveis, incluindo a radioterapia conformacional tridimensional (3D-CRT), a radioterapia com intensidade modulada (IMRT) e a radiocirurgia estereotáxica.
Quimioterapia
A quimioterapia é o uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas, muito usada em combinação com a cirurgia e/ou radioterapia para tratar tumores cerebrais em crianças.
A administração da quimioterapia pode ser por via oral, intravenosa ou intratecal (diretamente no líquido cefalorraquidiano).
Além disso, também pode ser em ciclos, com períodos de descanso entre os ciclos para permitir uma melhor recuperação do paciente.
Terapias-alvo
As terapias-alvo são medicamentos que atacam especificamente as células cancerígenas, visando as vias de sinalização ou proteínas envolvidas no crescimento do tumor.
É possível usar essas terapias também em combinação com outras modalidades de tratamento. Aliás, elas podem ser bastante úteis para tratar tumores cerebrais pediátricos que apresentam mutações genéticas.
Na grande maioria dos casos de tumor cerebral em criança, acaba sendo necessário adotar uma abordagem tanto multidisciplinar, como individualizada para aumentar as chances de sucesso.
Por isso, contar com a ajuda de especialistas experientes em tratar tumor cerebral em crianças é mais do que fundamental.
Na Assistência Neurocirúrgica Paulista, temos uma equipe de profissionais altamente experientes que dominam o tratamento de todas as condições que podem afetar o sistema nervoso central e periférico, incluindo tumores.