A relação entre enxaqueca e o risco de AVC vem chamando cada vez mais atenção entre especialistas e pacientes. Por muito tempo, acreditava-se que enxaqueca era apenas uma dor de cabeça intensa.
Hoje, sabemos que ela vai muito além disso, especialmente quando falamos da enxaqueca com aura, um tipo que causa sintomas neurológicos como flashes de luz, visão embaçada, dormência ou formigamento no corpo antes da dor começar.
E é justamente nesse tipo de enxaqueca que alguns estudos encontraram uma possível ligação com o AVC.
Mas isso não quer dizer que toda pessoa com enxaqueca vai ter um derrame. Porém, é um alerta importante para entender melhor o próprio corpo e adotar hábitos que protejam a saúde do cérebro.

Enxaqueca e o risco de AVC: qual é o risco real?
A ciência mostra que pessoas que têm enxaqueca com aura podem ter um risco um pouco maior de desenvolver um AVC isquêmico, aquele causado pela obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro.
É possível observar melhor esta relação em mulheres jovens, principalmente nas que fumam, usam anticoncepcionais hormonais ou têm histórico familiar de doenças vasculares.
Mas é importante deixar claro: a maioria das pessoas com enxaqueca nunca terá um AVC. O risco é pequeno, mas existe. Mas conhecer esse risco é a melhor forma de se prevenir.
O que se sabe é que durante as crises, há alterações momentâneas na circulação do cérebro. Isso pode explicar parte dessa conexão entre enxaqueca com aura e AVC.
Ainda assim, fatores como estilo de vida, estresse, tabagismo e uso de hormônios têm um peso muito maior nessa equação.
O que poucos sabem sobre a ligação entre enxaqueca e AVC
Pouca gente sabe que a enxaqueca com aura pode provocar sintomas muito parecidos com os de um AVC e é por isso que muitas pessoas se assustam durante as crises.
Visão turva, dormência, dificuldade para falar ou pensar com clareza são sinais que podem aparecer antes da dor de cabeça começar.
Esses sintomas costumam durar pouco tempo e desaparecer completamente. Mas, se eles surgirem de forma súbita, intensa ou diferente do padrão habitual, é fundamental procurar um pronto atendimento.
Afinal, só um exame médico pode confirmar se se trata de uma crise de enxaqueca ou de um AVC em andamento.
Mas a boa notícia é que não é algo grave na maioria das vezes. Ainda assim, é sempre melhor investigar do que ignorar. O corpo costuma dar sinais quando algo não vai bem e aprender a reconhecê-los é essencial.
Enxaqueca e AVC: quando a dor de cabeça exige atenção imediata
Nem toda dor de cabeça é motivo para preocupação, mas existem situações em que é preciso agir rápido.
Se a dor vier acompanhada de formigamento no corpo, fraqueza em um dos lados, dificuldade para falar, perda de visão ou tontura forte, não espere passar, vá direto para um hospital.
Esses sintomas podem indicar um AVC e o tempo faz toda a diferença. Quanto mais cedo o atendimento, maiores as chances de recuperação.
Mesmo que o episódio acabe sendo apenas uma crise de enxaqueca mais intensa, é melhor garantir que não há nada mais sério por trás.
Estilo de vida e prevenção do AVC
Quando o assunto é enxaqueca e o risco de AVC, o estilo de vida tem um papel decisivo. Pequenas mudanças de hábito podem reduzir tanto a frequência das crises quanto os riscos de complicações.
Veja alguns pontos que merecem atenção:
- Enxaqueca, tabagismo e risco vascular: fumar sobrecarrega os vasos sanguíneos e multiplica o risco de AVC, principalmente em mulheres que também usam anticoncepcionais.
- Enxaqueca, estresse e AVC: o estresse constante é um gatilho potente para as crises e também um inimigo da saúde cardiovascular. Reservar momentos de descanso, praticar respiração e cuidar do sono faz diferença.
- Alimentação equilibrada: dietas com frutas, legumes e alimentos naturais ajudam a proteger os vasos. Já o excesso de sal, gordura e ultraprocessados pode piorar tanto a circulação quanto as dores.
- Sono e rotina regular: dormir bem é essencial, pois a falta de sono é um dos maiores gatilhos de enxaqueca e um fator de risco para AVC.
- Atividade física: exercícios leves e regulares, como caminhada, ajudam a controlar o estresse e melhorar a circulação cerebral.
Essas medidas simples são uma forma eficiente de prevenção e podem melhorar muito a qualidade de vida.
Dor de cabeça e risco de AVC: como diferenciar
Saber quando uma dor de cabeça é “só” uma enxaqueca ou algo mais sério pode ser difícil. Normalmente, a enxaqueca evolui aos poucos, os sintomas vêm em etapas e seguem um padrão conhecido por quem já convive com ela.
O AVC, por outro lado, aparece de repente e costuma causar sintomas neurológicos intensos, como perda de força, fala enrolada e visão dupla.
Mesmo assim, não existe regra absoluta. Por isso, se você perceber algo diferente do habitual, procure atendimento médico.
O ideal é ter acompanhamento com um neurologista, especialmente se as crises forem frequentes ou estiverem mudando de padrão.
Enxaqueca e o risco de AVC: entenda a relação e como se prevenir
A enxaqueca com aura pode sim estar associada a um risco um pouco maior de AVC, mas isso não deve ser motivo de medo. O mais importante é entender o próprio corpo e buscar equilíbrio.
Controlar as crises, cuidar do sono, evitar o cigarro e manter hábitos saudáveis são atitudes que fazem toda a diferença.
Além disso, ter acompanhamento com um profissional de confiança é essencial. Afinal, um neurologista pode ajudar a identificar gatilhos, ajustar o tratamento e orientar sobre os cuidados necessários para manter o cérebro saudável.
Cuidar do cérebro é cuidar da vida
A enxaqueca é mais comum do que parece. Na maioria das vezes, pode ser controlada com atenção e tratamento adequado. Mas ela também é um lembrete de que o cérebro merece cuidado constante.
Na Assistência Neurocirúrgica Paulista, acreditamos que cada pessoa tem uma história única e merece ser escutada com atenção.
Nosso compromisso é oferecer um cuidado completo, com profissionais experientes e prontos para orientar, esclarecer dúvidas e indicar o melhor caminho para a sua saúde neurológica.