O hematoma intracraniano é um acúmulo de sangue dentro do crânio, geralmente causado por uma batida ou trauma na cabeça.
Pode parecer algo raro, mas acontece mais do que imaginamos, desde acidentes de trânsito até uma queda aparentemente simples.
O problema é que, como o crânio não tem espaço para se expandir, esse sangue pressionando o cérebro pode trazer consequências sérias se não for tratado a tempo.
O que exatamente é um hematoma intracraniano?
Para explicar de maneira simples, podemos explicar o hematoma intracraniano como um sangramento que não encontra espaço para se dissipar.
Ele se acumula entre o cérebro e as estruturas que o envolvem e isso aumenta a pressão no interior do crânio.
Diferente de outras partes do corpo onde o sangue pode se espalhar, não existe “folga” no cérebro. Por isso, qualquer quantidade extra pode atrapalhar funções importantes.
Esse tipo de sangramento pode acontecer por diversos motivos: quedas, batidas em esportes de contato, acidentes, agressões e até em situações mais sutis, como um pequeno trauma em pessoas idosas ou que usam remédios que afinam o sangue.
Como esse sangramento aparece?
Nem sempre o problema é imediato. Em alguns casos, o hematoma se forma logo após o impacto e os sintomas surgem rapidamente. Mas em outros, o sangramento é mais lento e os sinais só aparecem depois de algumas horas ou até dias.
Por isso, após qualquer pancada na cabeça, mesmo que pareça algo simples, o ideal é ficar atento e procurar avaliação médica. Além disso, algumas condições aumentam o risco. Por exemplo:
- idade avançada;
- uso de anticoagulantes;
- pressão alta não controlada,
- doenças que fragilizam os vasos sanguíneos.
Sintomas que não devemos ignorar
Os sinais podem variar, mas há alguns que sempre merecem alerta. Os mais comuns incluem, por exemplo:
- Dor de cabeça intensa, que não melhora;
- Náuseas e vômitos;
- Sonolência ou confusão mental;
- Dificuldade para falar;
- Perda de força ou sensibilidade em um lado do corpo;
- Convulsões,
- Desmaio, mesmo que rápido.
Um ponto importante: às vezes, a pessoa parece bem logo após a pancada e só começa a ter sintomas mais tarde. Essa “pausa” entre o trauma e os sinais pode dar a falsa impressão de que não há nada de errado, mas o risco está justamente aí.
Quais os riscos de um hematoma intracraniano?
O maior risco é o aumento da pressão dentro do crânio. O cérebro é extremamente sensível e quando comprimido, pode perder funções de forma temporária ou até definitiva.
Dependendo da gravidade, o paciente pode ter sequelas motoras, dificuldades cognitivas, mudanças de comportamento ou risco de morte em casos graves.
Portanto, o tempo é um fator-chave. Quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, melhores são as chances de recuperação e de evitar complicações.
Como é o diagnóstico?
Na maioria das vezes, a tomografia computadorizada é o exame de escolha, porque mostra rapidamente onde está o sangramento e sua extensão.
A ressonância magnética pode ser usada em casos específicos, mas a tomografia costuma ser suficiente para tomar as primeiras decisões.
O médico analisa não só os exames, mas também os sintomas e o histórico do paciente para decidir o melhor caminho.
Tratamento do hematoma intracraniano
Existem diferentes formas de tratar, dependendo do tamanho e da gravidade do hematoma.
Casos pequenos e sem repercussão importante podem ser acompanhados de perto, com internação, observação neurológica e medicamentos para aliviar sintomas e evitar complicações.
Já quando o acúmulo de sangue é maior ou está causando pressão significativa, a drenagem é necessária.
Felizmente, a neurocirurgia dispõe atualmente de técnicas minimamente invasivas, que permitem retirar o sangue por pequenas incisões com o apoio de tecnologia avançada.
Isso torna o procedimento mais seguro, acelera a recuperação e diminui o tempo de internação.
Quando a cirurgia é indicada?
A indicação depende do tamanho do hematoma e do impacto que ele está causando no cérebro.
Pacientes com sintomas neurológicos mais intensos, pressão intracraniana elevada ou hematomas grandes geralmente precisam da intervenção cirúrgica.
Mas cada caso é avaliado de forma individual, sempre pesando riscos e benefícios.
Recuperação e reabilitação
Após a cirurgia ou o tratamento clínico, o paciente costuma permanecer em monitoramento na UTI por alguns dias.
A recuperação varia bastante: em muitos casos, especialmente quando o atendimento foi rápido, é possível retomar a vida praticamente sem limitações.
Em outros, pode ser necessário acompanhamento com fisioterapia, fonoaudiologia ou terapia ocupacional para recuperar funções afetadas.
A importância do cuidado especializado
O hematoma intracraniano é um problema sério, mas que tem solução quando diagnosticado e tratado com rapidez.
O mais importante é não subestimar nenhum trauma na cabeça e procurar atendimento médico diante de qualquer sinal de alerta.
Na Assistência Neurocirúrgica Paulista, trabalhamos com uma equipe de especialistas experientes, preparados para oferecer um cuidado acolhedor e moderno, com técnicas menos invasivas sempre que possível.
Estamos aqui para ouvir sua história, orientar cada passo do tratamento e buscar a melhor recuperação para você. Agende sua consulta! Estamos prontos para te ajudar!
