O tratamento não cirúrgico para tumores de hipófise pode ser suficiente e necessário em muitos casos, mesmo que a abordagem cirúrgica seja o pilar central do tratamento para esse problema.
Em sua grande maioria, os tumores de hipófise são benignos. Mas, ainda assim, podem ser um grande desafio para os pacientes e gerar alguns efeitos que afetam diretamente as funções hormonais do nosso corpo.
Situada bem na base do cérebro, a hipófise tem uma função muito importante na regulação de várias funções corporais. Isso inclui o crescimento, o metabolismo, a reprodução e o equilíbrio hormonal.
Quando ocorrem tumores nessa glândula, é comum que alguns sintomas e complicações começam a surgir, afetando profundamente a qualidade de vida dos pacientes.
É nesse momento que, em muitos casos, os tratamentos não cirúrgicos podem ajudar a melhorar os efeitos que os tumores de hipófise causam.
Por isso, vamos conhecer um pouco mais sobre o uso da radioterapia e do tratamento medicamentoso para tratar tumores nessa glândula.
Quando o tratamento não cirúrgico para Tumores de Hipófise pode ser indicado?
O tratamento não cirúrgico para Tumores de Hipófise pode ser uma indicação em alguns quadros da condição. Mas em especial quando a cirurgia não é viável por algum motivo ou ainda não é necessária.
Alguns tumores de hipófise podem estar localizados em áreas de difícil acesso ou próximos a estruturas consideradas como muito vitais do cérebro. Dessa forma, acaba tornando a cirurgia arriscada.
Nesses casos, a radioterapia ou a terapia medicamentosa podem ser uma abordagem mais segura para controlar o crescimento do tumor e os sintomas.
Além disso, pacientes com condições médicas que possam aumentar os riscos associados à cirurgia, também não são candidatos ideais para realizar procedimentos cirúrgicos. É o caso, por exemplo, de problemas cardíacos graves ou distúrbios de coagulação
Nesses casos, os tratamentos não cirúrgicos podem ser uma alternativa eficaz.
Em pacientes com tumores que afetam a função hormonal da hipófise, como tumores secretores de hormônios, os especialistas podem priorizar os tratamentos não cirúrgicos.
Dessa forma, é possível preservar a função da glândula e evitar complicações, como deficiências hormonais.
Radioterapia: tratamento direcionado e a longo prazo
A radioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza a radiação ionizante para conseguir destruir as células do tumor e impedir o seu crescimento.
Um dos principais benefícios associados aos tratamentos de tumores de hipófise com radioterapia é a sua capacidade de oferecer um controle local muito mais eficaz do tumor, mesmo em casos em que os tumores não são acessíveis cirurgicamente.
Isso significa que é possível direcionar a radiação com precisão para o tumor, protegendo os tecidos saudáveis que estão ao redor, minimizando os efeitos colaterais.
Além disso, a radioterapia costuma ser uma opção muito cotada para pacientes que não são candidatos ideais para realizar a cirurgia por conta de alguma condição médica subjacente.
Outra vantagem da radioterapia é sua capacidade de atingir o tumor ao longo do tempo, mesmo após a conclusão do tratamento.
Desse modo, a radiação continua a fazer efeito sobre as células tumorais mesmo após o término do tratamento. Isso ajuda a controlar o crescimento do tumor também no longo prazo.
No entanto, é importante ter em mente que a radioterapia pode levar um tempo para mostrar os seus reais resultados.
Além disso, alguns efeitos colaterais podem acabar aparecendo ao longo do processo de tratamento, incluindo fadiga, náusea, distúrbios hormonais, problemas de visão e alguns outros.
Portanto, é indispensável avaliar com bastante cuidado os riscos e os benefícios da radioterapia em cada caso, levando em consideração não apenas a condição médica geral do paciente, mas também as características do tumor.
Terapia medicamentosa: promovendo o equilíbrio dos hormônios
A terapia medicamentosa para tumores de hipófise, por sua vez, costuma focar muito mais na promoção do equilíbrio dos níveis hormonais. Ou, em alguns casos, na inibição das vias de sinalização que promovem o crescimento do tumor.
Atualmente existem diversas classes de medicamentos que podem ser utilizados no tratamento de tumores de hipófise de forma segura e eficaz, incluindo agonistas ou antagonistas de hormônios hipofisários e inibidores de vias de sinalização.
Por exemplo, para tumores secretores de hormônios, como prolactinomas, adenomas produtores de hormônio do crescimento ou tumores secretores de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), os medicamentos podem reduzir a produção excessiva desses hormônios.
Assim, é possível controlar os sintomas que a presença do tumor causa.
Isso pode incluir agonistas de dopamina para prolactinomas, análogos de somatostatina para tumores secretores de hormônio do crescimento e inibidores de cortisol para tumores secretores de ACTH.
Uma das principais vantagens da terapia medicamentosa é a sua capacidade de atingir o tumor de forma sistêmica.
Isso é extremamente útil e importante em casos de tumores que secretam hormônios em excesso ou que possuem múltiplos focos ao longo da glândula.
Além disso, a terapia medicamentosa pode ser uma opção bastante interessante para pacientes que querem evitar os riscos e as complicações associadas à cirurgia de tumores de hipófise.
Nos casos de escolha de tratamento medicamentoso, é necessário entender que o processo de tratamento pode exigir um acompanhamento contínuo.
Efeitos colaterais
Assim como a realização de ajustes na dosagem para otimizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais.
Os efeitos colaterais mais comuns da realização da terapia medicamentosa para tumores de hipófise podem incluir distúrbios gastrointestinais, alterações na função hepática e alterações metabólicas.
Então, assim como com outros tratamentos, a escolha da terapia medicamentosa para o tratamento de tumores de hipófise deve ser feita de forma individualizada.
Afinal, é necessário se basear nas características do tumor e nos sintomas apresentados pelo paciente.
Em quais casos o tratamento não cirúrgico para Tumores de Hipófise não é recomendado?
Apesar dos tratamentos não cirúrgicos serem opções muito vantajosas para muitos pacientes com tumores de hipófise, há algumas situações em que essas abordagens podem não ser uma boa recomendação.
Em casos de tumores de hipófise que estão causando complicações muito graves, como compressão do nervo óptico que gera problemas de visão, ou que estão crescendo rapidamente e causando síndrome de massa cerebral, a intervenção cirúrgica urgente pode ser necessária para aliviar a pressão sobre essas estruturas cerebrais e evitar danos permanentes.
Tumores que não respondem adequadamente aos tratamentos não cirúrgicos, seja por conta da resistência do tumor ou a outros fatores individuais do paciente, também podem precisar receber uma terapia combinada ou cirurgias clínicas.
Em todo caso, a única forma de entender se os tratamentos não cirúrgicos podem ser eficientes é realizando uma avaliação cuidadosa do caso com profissionais especializados no assunto, como a equipe da Assistência Neurocirúrgica Paulista.Para conhecer um pouco mais sobre as opções de tratamento e entender qual é a mais adequada para o seu caso, entre em contato e agende a sua consulta!