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A importância da hipófise para as mulheres

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A importância da hipófise para a saúde feminina é inegável, uma vez que essa pequena glândula, localizada na base do nosso cérebro, tem um papel central na regulação de diversas funções corporais e no sistema reprodutivo.

Conhecida como a “glândula mestra” de todo o nosso sistema endócrino, a hipófise é responsável pela produção e liberação de hormônios que controlam outras glândulas do corpo, como a tireóide, as glândulas adrenais e as gônadas (ovários).

Portanto, esses hormônios não apenas regulam o ciclo menstrual e a ovulação, mas também influenciam diversos outros aspectos muito importantes da saúde geral da mulher como o metabolismo, o crescimento e até o equilíbrio emocional.

Nesse sentido, qualquer disfunção na hipófise pode gerar consequências impactantes para a saúde feminina, incluindo problemas de fertilidade, distúrbios metabólicos e alterações emocionais.

A seguir, vamos entender melhor o impacto e a influência dessa pequena glândula para o organismo feminino.

Qual é a importância da hipófise e quais hormônios ela produz?

Para entender a importância da hipófise para as mulheres, é essencial ter conhecimento sobre a atuação dessa glândula e dos hormônios que ela produz.

Também conhecida como glândula pituitária, a hipófise é uma pequena glândula extremamente pequena localizada na base do cérebro, logo abaixo do nosso hipotálamo. 

Na medicina, ela é chamada de “glândula mestra”, pois é a responsável por regular a função de várias outras glândulas endócrinas no corpo humano.

A hipófise se divide em duas partes principais: a adeno-hipófise (lobo anterior) e a neuro-hipófise (lobo posterior). Cada uma é responsável pela produção e liberação de diferentes hormônios.

De modo geral, os hormônios que a glândula hipófise produz e libera no nosso organismo incluem, por exemplo:

  • Hormônio do Crescimento (GH): estimula o crescimento dos tecidos e ossos, além de regular o metabolismo de proteínas, lipídios e carboidratos.
  • Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH): estimula as glândulas adrenais a produzir cortisol, um hormônio muito importante para o controle do estresse, do metabolismo de açúcar e lipídios, bem como para a regulação da resposta imune do corpo.
  • Hormônio Folículo-Estimulante (FSH): nas mulheres, a hipófise estimula o crescimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio.
  • Hormônio Luteinizante (LH): no corpo feminino, ela induz a ovulação e a produção de progesterona pelos ovários.
  • Prolactina (PRL): estimula a produção de leite nas glândulas mamárias após o parto.
  • Hormônio Estimulante da Tireóide (TSH): estimula a tireóide a produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) que regulam o metabolismo.
  • Hormônio Antidiurético (ADH) ou Vasopressina: regula o equilíbrio de água no corpo, promovendo a reabsorção de água nos rins e ajudando a controlar a pressão arterial.
  • Ocitocina: promove as contrações uterinas durante o parto e a ejeção de leite nas glândulas mamárias durante a amamentação.

Relação entre a hipófise e a fertilidade feminina

A relação entre a hipófise e a fertilidade feminina é direta e extremamente importante. 

Afinal, como comentamos, essa glândula é essencial para a regulação dos hormônios que controlam o ciclo menstrual e a ovulação, sendo ambos processos fundamentais para a capacidade reprodutiva da mulher.

De modo geral, a hipófise secreta dois hormônios-chave para a fertilidade feminina: o Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) e o Hormônio Luteinizante (LH). 

O FSH é responsável por estimular o desenvolvimento dos folículos nos ovários, onde os óvulos se desenvolvem, enquanto o LH é essencial para a ovulação em si.

A hipófise atua no corpo feminino regulando o ciclo menstrual para coordenar a liberação de FSH e LH em diferentes momentos do ciclo.

No início do ciclo, o aumento nos níveis de FSH promove o crescimento dos folículos ovarianos. Perto do meio do ciclo, um pico no LH desencadeia a ovulação.

Após a ovulação, o LH ajuda a manter o corpo lúteo, uma estrutura que se forma a partir do folículo rompido. 

O corpo lúteo, por sua vez, produz progesterona, um hormônio vital para a preparação do endométrio, para a implantação do embrião, bem como para a manutenção da gravidez nas primeiras semanas.

Por isso, problemas na função da hipófise podem levar ao desenvolvimento de distúrbios hormonais capazes de afetar a fertilidade feminina.

Por exemplo, o hipopituitarismo, uma condição em que a hipófise não produz hormônios em quantidade suficiente, pode resultar em ciclos menstruais irregulares ou na ausência de ovulação comprometendo a fertilidade da paciente.

Outro exemplo é a hiperprolactinemia, produção excessiva de prolactina pela hipófise. Isso pode inibir a secreção de FSH e LH, resultando em ciclos sem ovulação e em infertilidade.

Tratamentos

Para mulheres com problemas de fertilidade relacionados à disfunção da hipófise, o uso de tratamentos hormonais costuma ser a principal linha de tratamento. 

Isso inclui, por exemplo, terapias com medicamentos que estimulam a ovulação, como o clomifeno ou tratamentos de reposição hormonal para restaurar a função reprodutiva.

Mas, em alguns casos, intervenções cirúrgicas ou outros tratamentos podem ser necessários para corrigir possíveis anomalias na própria estrutura da hipófise.

Portanto, fica evidente que a hipófise é fundamental para a regulação dos processos hormonais que fazem parte da fertilidade feminina.

Por isso, qualquer desequilíbrio na sua função pode ter um impacto negativo e persistente na capacidade de concepção e na saúde geral da mulher.

Principais sinais e sintomas de problemas na hipófise

Nas mulheres, os problemas na hipófise podem se manifestar por meio de vários sintomas. Mas os principais sinais incluem alterações hormonais que podem impactar diferentes sistemas do corpo, como:

  • Alterações no ciclo menstrual (irregularidades menstruais, ausência de menstruação ou menstruação muito leve);
  • Infertilidade;
  • Crescimento anormal (gigantismo e nanismo);
  • Ganho de peso inexplicável;
  • Mudanças visuais (visão periférica ou visão dupla);
  • Produção excessiva de leite materno (galactorreia);
  • Dores de cabeça persistentes;
  • Cansaço extremo e fraqueza muscular,
  • Problemas de libido.

Enfim, se você está experimentando algum desses sintomas e acredita que problemas na hipófise podem estar afetando a sua saúde feminina, é importante buscar uma avaliação médica.

A Assistência Neurocirurgia Paulista é especializada no diagnóstico e no tratamento de condições relacionadas à hipófise, oferecendo suporte de qualidade para garantir a melhor abordagem para cada caso.

Entre em contato para conhecer mais sobre as nossas especialidades e agendar uma consulta com um de nossos especialistas.

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