Os sintomas de tumor cerebral podem variar bastante, dependendo do tipo, tamanho, localização e velocidade de crescimento do tumor.
Além disso, muitas vezes, eles são bastante similares a sintomas de outras condições, o que pode contribuir para atrasar o diagnóstico.
Por isso, identificar os sinais iniciais e ter uma maior compreensão sobre quais são os métodos de diagnóstico e opções de tratamento, é essencial para um prognóstico mais positivo.
Os tumores cerebrais, apesar de serem assustadores, nem sempre são malignos. Além disso, existem diversas abordagens para o tratamento, que vão desde o monitoramento, até a realização de cirurgias avançadas e terapias complementares.
No conteúdo a seguir, vamos abordar tudo sobre tumores cerebrais, incluindo os seus sintomas, processo de diagnóstico e opções de tratamentos variados que podem ser utilizados nesses quadros. Acompanhe!
O que são tumores cerebrais?
Os sintomas de tumor cerebral representam o melhor indicativo de que essa condição está presente e de que é necessário realizar um diagnóstico mais completo para confirmar a suspeita. Mas o que é um tumor cerebral?
Basicamente, os tumores cerebrais são massas de células anormais que crescem no cérebro ou em áreas adjacentes, como as membranas localizadas ao redor, os nervos cranianos ou a glândula pituitária.
Eles podem se classificar de várias maneiras, mas uma das principais distinções é entre tumores malignos (cancerígenos) e benignos (não cancerígenos).
- Tumores benignos
Os tumores considerados benignos, ou seja, que não são cancerígenos, geralmente crescem de forma mais lenta e não se espalham para outras partes do corpo.
Mas, apesar de serem benignos, eles ainda assim podem causar sintomas graves por conta da pressão que causam em regiões sensíveis do cérebro.
- Tumores malignos
Por outro lado, os tumores malignos são mais agressivos, crescem rapidamente e podem se espalhar para outras áreas do cérebro e da medula espinhal. Assim como para outras partes do corpo em casos mais avançados.
Principais tipos de tumores cerebrais
Além dessa distinção entre malignos e benignos, existe ainda uma variedade de tipos de tumores cerebrais. Eles se dividem em duas grandes categorias: primários e secundários.
- Tumores primários
Um tumor primário é aquele que surge diretamente no cérebro, como é o caso dos astrocitomas, gliomas, meningiomas e meduloblastomas.
- Tumores secundários (metastáticos)
Já os tumores secundários se originam em outras partes do corpo e se espalham para o cérebro.
De modo geral, eles costumam ser mais comuns que os tumores primários e estão associados a cânceres como o de pulmão, de mama e de pele.
Sintomas de um tumor cerebral
Como mencionamos, os sintomas associados à presença de um tumor cerebral podem ser bastante variados, dependendo da localização do tumor no cérebro, da sua taxa de crescimento e do seu tamanho.
A seguir, listamos alguns dos sinais e sintomas mais comuns e característicos que podem estar associados aos tumores cerebrais:
Dores de cabeça persistentes
As dores de cabeça são um dos sintomas mais frequentes de um tumor cerebral, apesar de não serem exclusivas dessa condição. Por isso, pode tornar o diagnóstico mais difícil.
Na grande maioria dos casos de tumor cerebral, as dores causadas são mais intensas ao acordar ou após a realização de atividades que contribuem para aumentar a pressão intracraniana, como tossir ou espirrar.
Além disso, outra característica importante é que essas dores tendem a piorar com o passar do tempo, muitas vezes por conta do crescimento do tumor.
Convulsões
Episódios de convulsões podem ocorrer em até 50% dos pacientes que possuem tumores cerebrais.
Eles costumam surgir principalmente quando há uma atividade elétrica anormal no cérebro e podem variar de breves ausências (onde a pessoa parece desconectada por alguns segundos) a crises mais graves, com perda de consciência e movimentos musculares involuntários.
Problemas de visão
Um tumor cerebral localizado perto dos nervos ópticos ou na parte posterior do cérebro pode levar a alterações na visão. Isso pode incluir visão dupla, perda parcial ou total da visão em um dos olhos ou visão embaçada.
Perda de coordenação e equilíbrio
Tumores localizados no cerebelo ou em áreas responsáveis pela motricidade fina podem afetar a capacidade de realizar movimentos precisos.
É o caso, por exemplo, de caminhar com estabilidade ou realizar tarefas que exigem um maior grau de coordenação motora.
Alterações cognitivas e de comportamento
Os tumores que afetam o lobo frontal ou temporal do nosso cérebro podem provocar mudanças na personalidade, no comportamento, na memória e até mesmo na capacidade de julgamento do paciente.
Como consequência, isso pode se manifestar no formato de confusões mentais, dificuldades para se concentrar, perda de memória ou desorientação.
Náuseas e vômitos
A pressão intracraniana aumentada que ocorre pela presença de um tumor pode provocar náuseas e vômitos inexplicáveis, em especial durante o período da manhã ou logo após acordar.
Dormência ou fraqueza em um lado do corpo
Se o tumor estiver localizado em áreas do cérebro responsáveis por controlar os nossos movimentos, ele tem o potencial de causar fraqueza ou dormência em uma parte específica do corpo. Na maioria dos casos, afeta um dos lados.
Fala arrastada ou dificuldades de fala
Os tumores cerebrais também podem afetar a capacidade de falar com clareza ou de compreender a fala dos outros.
Por isso, situações de fala arrastada, dificuldade para encontrar palavras ou entender frases simples podem representar sinais de alerta.
Como é o diagnóstico de um tumor cerebral?
O processo de diagnóstico de um tumor cerebral envolve várias etapas para garantir precisão e para que seja possível determinar exatamente o tipo, a localização e o estágio do tumor.
Quando os sintomas de um tumor cerebral se manifestam, como dores de cabeça persistentes, alterações neurológicas ou convulsões, é fundamental que um médico especialista conduza uma avaliação minuciosa e repleta de diferentes exames e análises.
Vamos adentrar um pouco mais nas principais etapas do diagnóstico:
Histórico clínico do paciente e exame neurológico
O primeiro passo no diagnóstico geralmente envolve a coleta de um histórico detalhado do paciente pelo médico especialista. Isso pode incluir sintomas, duração e intensidade, bem como possíveis fatores de risco associados.
Após isso, o paciente passa por um exame neurológico completo, no qual o especialista avalia funções como reflexos, coordenação motora, força muscular, equilíbrio, visão, audição e estado mental.
Exames de imagem
Para detectar e confirmar a presença de um tumor obtendo informações detalhadas sobre a sua localização, tamanho e características, é necessário realizar alguns exames de imagem, sendo os mais solicitados:
- Tomografia Computadorizada (TC): esse exame costuma ser um dos primeiros solicitados. Ele oferece uma visão rápida do cérebro para o médico e permite a detecção de possíveis anomalias.
- Ressonância Magnética (RM): considerada o padrão ouro no diagnóstico de tumores cerebrais, a RM oferece imagens detalhadas das estruturas cerebrais, permitindo identificar com precisão o tamanho e a localização do tumor.
- PET scan (Tomografia por Emissão de Pósitrons): esse exame ajuda a avaliar a atividade metabólica no cérebro, distinguindo entre tumores benignos e malignos. Além disso, também auxilia na visualização de possíveis metástases.
Biópsia
Em muitos casos, após acontecer a detecção do tumor, é necessária a realização de uma biópsia para determinar se o tumor é benigno ou maligno.
O procedimento envolve a coleta de uma pequena amostra do tecido tumoral, que passa por uma análise em laboratório para identificar o tipo de células presentes.
Este é um procedimento fundamental para o planejamento do tratamento mais adequado e eficiente, elevando as chances de sucesso.
Exames de laboratório e testes genéticos
Alguns exames de sangue podem descartar outras condições que poderiam estar causando os sintomas de tumor cerebral.
Além disso, a análise genética do tumor pode oferecer informações muito importantes sobre mutações específicas. Isso ajuda a personalizar ainda mais o tratamento.
Punção Lombar
Em alguns casos, mas principalmente quando existe uma suspeita de metástase ou de tumores próximos à medula espinhal, o médico pode realizar uma punção lombar para analisar o líquido cefalorraquidiano.
Isso pode fornecer mais pistas concretas sobre a presença de células tumorais no sistema nervoso central.
Portanto, cada um desses exames contribui para desenvolver uma visão abrangente e completa do quadro clínico do paciente.
Isso permite que os especialistas sejam capazes de determinar o melhor curso de ação, seja ele cirúrgico, radioterápico ou medicamentoso.
Tratamento de tumores cerebrais: opções e suas principais indicações
Atualmente, com os avanços dentro do campo da medicina, contamos com uma gama variada de opções de tratamento para tumores cerebrais.
Dessa forma, os especialistas conseguem selecionar a melhor opção levando em consideração o tipo, o tamanho, a localização do tumor e a saúde geral do paciente.
É importante ressaltar que a escolha do tratamento também depende se o tumor é benigno ou maligno, além de fatores como a idade e as condições neurológicas do paciente.
Então, vamos conhecer quais são as principais opções de tratamento para casos de tumores cerebrais e as suas principais indicações:
Cirurgia
Geralmente, a cirurgia é a primeira linha de tratamento para tumores cerebrais acessíveis e que é possível remover sem causar danos muito intensos às áreas vitais do cérebro.
O objetivo é remover o máximo possível do tumor. Mas, em casos em que a remoção completa não é possível, é possível combinar a cirurgia com outros tratamentos.
As principais indicações da cirurgia como tratamento incluem casos de tumores que são grandes o suficiente para causar sintomas, mas que, ao mesmo tempo, são tumores acessíveis que podem ser removidos sem danificar funções críticas.
Dentre os principais tipos de cirurgias, podemos destacar:
- Craniotomia: abertura do crânio para acesso ao tumor;
- Cirurgia minimamente invasiva: usada em tumores localizados em áreas mais profundas, com a ajuda de técnicas endoscópicas,
- Awake surgery: Cirurgia com o paciente acordado, usada quando o tumor está próximo a áreas do cérebro que controlam funções essenciais, como a fala ou o movimento.
Radioterapia
A radioterapia é um tipo de tratamento para tumores que utiliza radiação de alta energia para destruir células tumorais.
Este tratamento é mais indicado quando não é possível remover os tumores completamente por cirurgia, para tratar tumores malignos ou como um complemento à cirurgia, contribuindo para garantir a destruição completa das células restantes.
Quimioterapia
A quimioterapia, por sua vez, envolve o uso de medicamentos para matar ou inibir o crescimento de células tumorais.
Geralmente, sua administração é por via oral ou intravenosa. Além disso, também é possível usá-la sozinha ou em combinação com outros tratamentos, como radioterapia.
Terapia alvo molecular
Esse tipo de tratamento é bem mais recente e visa atuar diretamente sobre as mutações ou proteínas específicas encontradas nas células tumorais.
De modo geral, as terapias alvo bloqueiam o crescimento e a proliferação das células cancerosas de forma mais precisa. Além disso, elas são menos agressivas que a quimioterapia tradicional.
A terapia alvo molecular costuma ser uma indicação em casos de tumores com mutações genéticas específicas, que podem ser alvo de medicamentos, como certos gliomas.
Medicamentos para controle dos sintomas de tumor cerebral
Além de todos esses tratamentos que visam diretamente o tumor, muitos pacientes com tumores cerebrais também precisam de medicamentos para controlar os sintomas que são causados pela sua presença ou pelos efeitos colaterais do tratamento.
Para isso, é comum que os médicos adotem um tratamento complementar medicamentoso também. Isso pode incluir o uso de medicamentos corticosteróides, anticonvulsivantes e para dor de acordo com os sintomas de cada paciente.
Tratamento paliativo
Por fim, para casos onde o tumor já está muito avançado e não há possibilidade de cura, o foco será na melhoria da qualidade de vida do paciente através do tratamento paliativo.
Isso inclui o alívio da dor e dos demais sintomas, suporte psicológico e social para o paciente e seus familiares.
Por isso, o tratamento paliativo só é uma indicação em casos de tumores em estágio terminal e tumores recidivantes que não respondem mais aos tratamentos curativos.
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